The Witcher - Análise

Andrzej Sapkowski tem motivos para estar orgulhoso, a sua obra literária é hoje admirada pelo globo e as suas histórias conquistaram a indústria dos videojogos graças ao trabalho da CD Projekt Red. Sim, é verdade que a licença foi vendida num tempo em que nem o próprio acreditava em milhões de vendas, uma simples cláusula "se vocês ficarem milionários, eu também fico milionário" tinha-o garantido para a vida, no entanto, e graças à decisão do Netflix em adaptar a jornada de Geralt of Rivia para uma série Live-Action, Sapkowski tem uma nova oportunidade de conquistar a excentricidade.
Para provar que não estava para brincadeira, o serviço de transmissão entregou o papel de protagonista a um nome bem conhecido dos adeptos da cultura popular, Henry Cavill, o Homem de Aço da DC. O ator é, sem grandes surpresas, um dos melhores elementos da série, embora quem conhece The Witcher saiba que o Lobo Branco não é dado a grandes dramatismos. Isso é compensado na literatura graças às cuidadas descrições das personagens e eventos, também nos videojogos pelo facto de sermos 'uno' com a personagem, já no caso do live-action, é exigível uma performance de topo para que alguém como Geralt seja capaz de roubar para si o protagonismo das cenas.
O início da série é muito focado na apresentação de Geralt e daquilo que este faz ao certo como Witcher, o seu código moral e 'modus operandi'. Arranca de forma algo atabalhoada, com muita informação para digerir em simultâneo, sobre o mundo, as personagens, diferentes regiões e estrutura de poder, coisas que podem facilmente ser um problema, especialmente para quem não conhece o material base.